quinta-feira, dezembro 07, 2006

"Haxixe" ou "Tás fixe"?





Na quarta-feira, dia 6/12, saímos pela primeira vez para conhecer a "noite lisboeta". E a parada certa para isso é a popular região do Bairro Alto. Zona bastante antiga da cidade, há muito não é restaurada. Mas é tudo relativamente perto, e, bastante boêmia, permite que se faça todos os percursos possíveis à pé, conhecendo bem os trajetos da região.
Primeiro passamos pelo conhecido bar "A Brasileira", que é onde tem a estátua do Fernando Pessoa. É claro que paguei um mico tirando uma foto sentado ao lado dele, mas a postarei aqui na seqüência. Ao lado eu apareço pela noite no Bairro Alto.
O sorvete da Ben & Jerry's é famoso no mundo inteiro, com exceção do Brasil. E como estamos perdendo! É simplesmente delicioso! Ali fizemos um lanche, após uma passada rápida pelo Pavilhão Chinês, um restaurante da moda, decorado com diversos objetos colecionáveis: carrinhos, bonecos, xícaras etc etc etc. Daria para ficar horas ali, só olhando para as paredes!
O Bairro Alto é, tb, conhecido por abrigar os "excluídos", digamos assim. Ou seja, por ali nota-se bastante a presença de imigrantes - olha a foto com as bandeiras brasileiras expostas ao lado das portuguesas - e de um forte público GLS. Os bares que visitamos foram os Portas Largas, Sétimo Céu e As Primas. Quem conhece Lisboa sabe o que encontramos. O público fica todo na rua, em frente ao bares, e não dentro! E olha que estava frio!
É curioso isso. No Brasil, com todo o nosso calor tropical, ficamos esprimidos dentro de ambientes abafados. Aqui, em plena Europa, as pessoas vão para as ruas, verem e serem vistas por quem está ali apenas de passagem. É muito mais tranquilo e acolhedor.
Ah, parte mais engraçada da noite: numa esquina bem movimentada, um rapaz chegou até mim e perguntou: "haxixe? Cocaína?" Venda bem escancarada e liberada. O Paulo, que estava comigo, até comentou, espantado: "nem em Amsterdã a coisa é tão aberta assim!" Daí veio a história curiosa. Um colega de doutorado do Paulo comentou certa vez com ele que, quando adolescente, ao ser abordado em semelhante situações no Bairro Alto, sempre entendia "tás fixe?", que significa "tá bem?". E ele ficava sem entender pq tanta gente, que ele nem mesmo conhecia, queria saber se ele estava bem.
E se sobra alguma dúvida: eu estava "fixe", e não precisei de "haxixe".

Um comentário:

Anônimo disse...

não inventa e confessa que tu aceitou o haxixe.